A coligação “Todos Unidos pelo Balneário Rincão” (PT/ PSD/ PSL/PSC/
PSB/ PRB/PCdoB), que tem Décio Góes (PT) como candidato a prefeito, diz
ter identificado irregularidades tributárias e quanto à declaração de
bens do prefeito interino do Balneário Rincão, Charles da Rosa (PMDB). O
caso está sob avaliação do Ministério Público, para o qual assessoria
jurídica da coligação levou as denúncias. Até ontem, a promotora Maria
Claudia Tremel de Faria ainda não havia tomado posição.
Uma das irregularidades alegadas diz respeito à ausência de bens
declarados por Charles. O site do Tribunal Superior Eleitoral diz que
ele não declarou nenhum bem. “É uma irregularidade bem grave. Na verdade
ele tem quatro imóveis e nove automóveis. O Charles repetiu essa
declaração na posse. Então temos crime de falsificação de documento
público e improbidade administrativa”, avalia a advogada Angélica Zenato
Rocha, que trabalha para a coligação de Décio Góes.
Outra denúncia trata do uso do imóvel onde funciona a Prefeitura do
Balneário Rincão, que é de propriedade do prefeito interino. “Existe uma
lei de Içara que isenta do pagamento de IPTU quem cede o imóvel para a
Prefeitura. Ele, como administrador público, não pode ser beneficiado
dessa forma”, entende Angélica.
As leis que criaram cargos no novo município, de acordo com a advogada,
também ferem a lei. “São inconstitucionais. Não é permitido criar esses
cargos em período eleitoral”, resume.
Texto: Renan Medeiros
Foto: Lucas Colombo
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